De Kolding a Langeland, ilha no centro da Dinamarca, fomos de encontro à festa de verão da nossa chefe, Kristine. Foi uma noite bonita, em que tanto adultos como crianças ajudaram na preparação da refeição. Com pão e marshmallows à fogueira nos despedimos e regressámos a casa.
domingo, 25 de julho de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Já foi grande, este reino
No século XII a Noruega apoderou-se da Islândia, aproveitando querelas internas provocadas pelo grandes proprietários de terra neste país. Alguns décadas mais tarde, a união do reino da Dinamarca com o reino da Noruega inclui a grande ilha. Quando a Noruega se torna independente, a Islândia permanece sob a alçada da Dinamarca, ainda que como território autónomo pouco tempo depois. Até que a Alemanha Nazi invade a última, dando uma boa oportunidade à ilha do norte de se proclamar independente por fim.
Tudo isto - e porque é relativamente barato viajar até estes países a partir da Dinamarca - me pareceu uma boa desculpa para uma (re)visita.
Na Islândia andei de carro em carro, ouvindo gracejos de identificação entre o país dos condutores e o meu ("parece que estamos no mesmo barco, hm?"); fui escoltada por dois polícias até à melhor vista possível do Eyjafjallajökull e estive perto de entender o porquê de tanta gente ali acreditar em elfos ou trolls.
Na Noruega voltei a Bergen, cidade onde fiz Eramus, fui finalmente aos fiordes e terminei a viagem celebrando o dia nacional com amigos, falafel e uma bandeira sami.
Tudo isto - e porque é relativamente barato viajar até estes países a partir da Dinamarca - me pareceu uma boa desculpa para uma (re)visita.
Na Islândia andei de carro em carro, ouvindo gracejos de identificação entre o país dos condutores e o meu ("parece que estamos no mesmo barco, hm?"); fui escoltada por dois polícias até à melhor vista possível do Eyjafjallajökull e estive perto de entender o porquê de tanta gente ali acreditar em elfos ou trolls.
Na Noruega voltei a Bergen, cidade onde fiz Eramus, fui finalmente aos fiordes e terminei a viagem celebrando o dia nacional com amigos, falafel e uma bandeira sami.
domingo, 11 de abril de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
Neste últimos dias conheci...
A Jing, rapariga chinesa que veio para a Dinamarca trabalhar como au-apair para estar mais próxima do seu namorado dinamaquês. Este acabou por ir parar à Rússia, junto à China, onde há-de ficar até Junho.
O Charlie (?), que calça as sapatilhas com uma calçadeira.
A Christina, que se casou aos 25 anos com um rapaz num bar de Kolding - a idade que tinha previsto quando era criança, mas com fim não tão previsível.
A Kamilla, que já foi bem pesada e que agora, aos 28 anos, tem finalmente a possibilidade de viajar de avião e conhecer o mundo.
A Marie, que foi a uma audição para trabalhar no parque de diversões Tivoli, em Copenhaga, onde teve que mostrar como fazia cachorros-quentes. Foi aceite: será uma pirata.
A Laura, que pintou a minha cara enquanto eu pintava a dela. Pintou-me um homem-lágrima e eu colei-lhe um unicórnio que lhe fez um bigode de relva.
A Giada, rapariga italiana também a fazer SVE. Aos 27 anos nunca tinha vivido fora de casa e agora vive no bosque perto de Kolding, com 4 rapazes.
O Charlie (?), que calça as sapatilhas com uma calçadeira.
A Christina, que se casou aos 25 anos com um rapaz num bar de Kolding - a idade que tinha previsto quando era criança, mas com fim não tão previsível.
A Kamilla, que já foi bem pesada e que agora, aos 28 anos, tem finalmente a possibilidade de viajar de avião e conhecer o mundo.
A Marie, que foi a uma audição para trabalhar no parque de diversões Tivoli, em Copenhaga, onde teve que mostrar como fazia cachorros-quentes. Foi aceite: será uma pirata.
A Laura, que pintou a minha cara enquanto eu pintava a dela. Pintou-me um homem-lágrima e eu colei-lhe um unicórnio que lhe fez um bigode de relva.
A Giada, rapariga italiana também a fazer SVE. Aos 27 anos nunca tinha vivido fora de casa e agora vive no bosque perto de Kolding, com 4 rapazes.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Sabes que estás na Dinamarca há demasiado tempo quando...
Achas que não há tal coisa como mau tempo, apenas roupas más.
Achas que é normal encontrar uma rapariga num bar e levá-la de bicicleta até casa.
Percebes porque é que nem todo o tipo de carne serve para por no pão.
Achas que é indelicado sentares-te ao pé de alguém no autocarro se houver um banco onde podes sentar-te sozinho.
Vais ao supermercado, compras três cervejas boas e outras dez não tão boas.
Consegues abrir uma cerveja com quase qualquer coisa.
Acreditas verdadeiramente que a distância entre Copenhaga e Aalborg é grande.
Consegues distinguir uma Gron Tuborg de uma Carlsberg.
Quando um estranho na rua sorri para ti, assumes que:
a. está bêbedo
b. é louco
c. é americano
d. todas as outras opções.
Usas "Mmmm" para preencher os silêncios.
Tens apenas duas expressões faciais: sorridente ou neutra.
Não te importas de pagar o mesmo por uma viagem de 200 metros de autocarro como o que pagas por uma de 10 km.
Não olhas duas vezes para um homem de negócios com fato e meias de desporto brancas.
Começas a acreditar que, se não fosse pelos esforços da Dinamarca, o mundo provavelmente colapsaria muito em breve.
Já não te parece excessivo gastar 800 kr em álcool numa única noite.
Sentes que é natural usar roupas desportivas e mochila em todo o lado.
Sabes que o sentido da vida tem algo a ver com a palavra "hyggelig".
Não achas estranho que ninguém apareça em tua casa sem ser convidado e também não apareces em casa de ninguém sem dizer algo antes.
Acendes velas quando tens convidados - mesmo que esteja sol e 20º C lá fora.
Texto que me veio parar às mãos, na formação de chegada de SVE em Ollerup. Não sei se é tudo verdade, mas a maioria já se foi confirmando...
Achas que é normal encontrar uma rapariga num bar e levá-la de bicicleta até casa.
Percebes porque é que nem todo o tipo de carne serve para por no pão.
Achas que é indelicado sentares-te ao pé de alguém no autocarro se houver um banco onde podes sentar-te sozinho.
Vais ao supermercado, compras três cervejas boas e outras dez não tão boas.
Consegues abrir uma cerveja com quase qualquer coisa.
Acreditas verdadeiramente que a distância entre Copenhaga e Aalborg é grande.
Consegues distinguir uma Gron Tuborg de uma Carlsberg.
Quando um estranho na rua sorri para ti, assumes que:
a. está bêbedo
b. é louco
c. é americano
d. todas as outras opções.
Usas "Mmmm" para preencher os silêncios.
Tens apenas duas expressões faciais: sorridente ou neutra.
Não te importas de pagar o mesmo por uma viagem de 200 metros de autocarro como o que pagas por uma de 10 km.
Não olhas duas vezes para um homem de negócios com fato e meias de desporto brancas.
Começas a acreditar que, se não fosse pelos esforços da Dinamarca, o mundo provavelmente colapsaria muito em breve.
Já não te parece excessivo gastar 800 kr em álcool numa única noite.
Sentes que é natural usar roupas desportivas e mochila em todo o lado.
Sabes que o sentido da vida tem algo a ver com a palavra "hyggelig".
Não achas estranho que ninguém apareça em tua casa sem ser convidado e também não apareces em casa de ninguém sem dizer algo antes.
Acendes velas quando tens convidados - mesmo que esteja sol e 20º C lá fora.
Texto que me veio parar às mãos, na formação de chegada de SVE em Ollerup. Não sei se é tudo verdade, mas a maioria já se foi confirmando...
domingo, 21 de março de 2010
Quão grande pode ser um pincel?
Nestas duas últimas semanas decorreu o Festival de Histórias, na Nicolai.
Um dos projectos contou com a colaboração de uma artista plástica, uma actriz e um contador de histórias que, em conjunto com várias turmas, criaram breves peças de teatro + narrações + cenografias sobre pequenas tragédias pessoais ocorridas nas redondezas de Kolding.
A artista plástica chama-se Anna Marie Holm e tem uma grande paixão pelo Brasil. Quando descobriu que eu era portuguesa tratou de me aproximar das suas recordações desse país e, daí, surgiu uma enorme e mútua empatia.
Durante cerca de vinte anos, a Anna teve um espaço só seu em Viborg, espaço esse onde desenvolveu a maior parte do seu trabalho com crianças. Daí resultou um livro que, recentemente, teve edição em português: Fazer e Pensar Arte. A Anna emprestou-mo e daí vêm as seguintes imagens:
Garras
Ondas do mar
Diálogo
Quão grande pode ser um pincel?
Um dos projectos contou com a colaboração de uma artista plástica, uma actriz e um contador de histórias que, em conjunto com várias turmas, criaram breves peças de teatro + narrações + cenografias sobre pequenas tragédias pessoais ocorridas nas redondezas de Kolding.
A artista plástica chama-se Anna Marie Holm e tem uma grande paixão pelo Brasil. Quando descobriu que eu era portuguesa tratou de me aproximar das suas recordações desse país e, daí, surgiu uma enorme e mútua empatia.
Durante cerca de vinte anos, a Anna teve um espaço só seu em Viborg, espaço esse onde desenvolveu a maior parte do seu trabalho com crianças. Daí resultou um livro que, recentemente, teve edição em português: Fazer e Pensar Arte. A Anna emprestou-mo e daí vêm as seguintes imagens:
Garras
Ondas do mar
Diálogo
Quão grande pode ser um pincel?
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