terça-feira, 16 de março de 2010

"Grandpa's Sushi"

Este sábado Gertrud e Hans celebraram o seu aniversário em conjunto. Ela fez anos há semanas, ele faz em Abril. Vieram filhos e namorados, a neta bebé e irmãos da Gertrud com respectivos esposos. Não se cantou os parabéns, era antes uma desculpa para se reunir a família.
Chegaram todos para almoçar e a cave, de modo surpreendente, deu lugar a quinze pessoas. Durante quatro horas comeu-se e bebeu-se seguindo ordem já definida pela tradição. Começou-se pelo arenque marinado, passou-se ao salmão fumado com esparregado, bolas de carne e por fim vieram os queijos e a salada de frutas com natas. Sempre com a presença da cerveja (cerveja especial de páscoa, disto e daquilo) e snaps: shots de bebidas forte, neste caso akvavit. A água da vida não se nega, e de 5 em 5 minutos havia sempre alguém que se lembrava de propor um brinde ("skol"!).
Todos ficaram espantados por ter gostado do arenque, parece que é uma coisa "que se aprende a gostar". A Lene, namorada do filho mais velho, disse que a geração mais nova lhe chama "Grandpa's Sushi".
Depois de tanto tempo sentados, a comer, e também segundo a tradição, tratámos de fazer caminhada à volta do quarteirão. Foi engraçado de se ver, um bando de pessoas entre os 20 e os 60 anos a andar para melhor fazer a digestão. Nestes minutos fui, por consequência dos passos, estando em contacto com diferentes pessoas. E daí conversei com o Hans, que acha que irmãos da Gertrud conversam muito, com uma cunhada que antes tinha uma quinta na costa oeste e agora trabalha com miúdos, ou com a irmã mais velha que me contava como a morte dos pais exigia uma maior iniciativa para que todos os irmãos se reencontrassem.
Com isto, arranjou-se mais um espacinho no estômago e, de regresso a casa, toma lá mais bolo e café.
Por volta das 18h já toda a gente se tinha ido embora. Fui para o meu quarto e, quando voltei, percebi que os que tinham ficado estavam todos doentes. Parecia um filme mau, daqueles em que depois de um fim de semana no hotel, há sempre um mordomo culpado. Isabella, a bebé, é o mordomo. E até hoje ficámos em casa.

1 comentário:

  1. Há sempre o reverso da medalha. Nem tudo são rosas há sempre alguns espinhos!
    Mas estes são espinhos pequenitos! Se calhar nem são espinhos!!

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